segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mudamos

Sapo velho em novo endereço:

http://sapovelho.wordpress.com/

Mais bunitu,
mais muderno,
mais sensacional!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Você se considera inteligente?

É comum as pessoas pensarem que não são inteligentes por sentirem dificuldade em aprender matemática, ou por não possuírem um raciocínio lógico apurado. Porém, isso é uma lenda! Ser inteligente não é apenas ser bom em cálculos ou saber muito sobre ciência. Na verdade, existem vários tipos de inteligência e cada pessoa é mais ou menos desenvolvida em alguma delas. Howard Gardner, em seu livro "Estruturas da Mente", aborda as múltiplas formas de inteligência, que podem ser resumidas da seguinte forma:

Inteligência Linguística: Quem tem esse tipo de perfil tem talento com as linguagens escrita e falada, seja para compreender ou para se expressar.

Inteligência Lógica: Talento para o raciocínio, a investigação e dedução. Caracterizado pela facilidade em lidar com as ciências exatas.

Inteligência Motora: Capacidade de ser expressar corporalmente de forma eficaz. Possui boa coordenação motora, equilíbrio, etc.

Inteligência Espacial: Capacidade de reproduzir, pelo desenho, situações reais ou mentais, de organizar elementos visuais de forma harmônica, de situar-se e localizar-se no espaço. Permite formar um modelo mental preciso de uma situação espacial.

Inteligência Musical: Facilidade para identificar sons. Pode ser um talento musical. Ou um engenheiro de som. É como se a pessoa enxergasse através dos sons.

Inteligência Interpessoal: Capacidade de se relacionar bem com as pessoas: conhecer bem o outro e saber como aproveitar suas qualiades e fraquezas. Facilidade para liderar.

Inteligência Intrapessoal: É o tipo de pessoa que conhece muito bem seus limites e possibilidades, tendo capacidade de automotivação. Reservada, ela também é considerada um bom ouvinte.

Portanto, ser inteligente é ser ator, pintor, escritor, músico, cozinheiro, vendedor, professor... Pense nisso!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

E por falar em Darwin... Teoria da Evolução!

Quem somos, de onde viemos, para onde vamos?

Perguntas como estas sempre atormentaram as mentes humanas e durante os séculos muitas idéias surgiram para tentar explicá-las.

Há 150 anos vinha à tona a Teoria da Evolução, calorosamente discutida, mas pouco conhecida.

Antes de qualquer coisa, é importante saber que Evolução não significa Progressão, o que ajuda a evitar vários erros de interpretação nessa teoria, Evolução aqui significa Mudança, pura e simples.


Então vamos à Evolução!

Apesar de vários cientistas terem contribuído para o surgimento dessa Teoria, três deles se destacaram: Alfred Russel Wallace e Charles Robert Darwin de um lado e Jean-Baptiste de Lamarck “injustiçado” de outro.

Lamarck foi o primeiro publicar e defender a idéia de Evolução, porém é descartado e atacado por ter utilizado mecanismos pouco consistentes. Muitos devem conhecer a historia do surgimento do pescoço longo das girafas, onde o ancestral possuía o pescoço curto, porém a necessidade de se alimentar de folhas em árvores maiores fez com que o pescoço crescesse e assim sua prole nascesse com pescoço maior e assim por diante, chegando às girafas atuais. São as chamadas Leis do Uso e Desuso, onde os órgãos se desenvolvem segundo as necessidades do organismo e podem atrofiar com o desuso e a Lei da herança dos caracteres adquiridos, onde aqueles caracteres advindos da 1ª Lei seriam transmitidos aos descendentes por hereditariedade. Lamarck assumia que os organismos se adaptavam às mudanças ocorridas no meio.

Já a teoria de Darwin e Wallace chegou ao mecanismo correto, onde a Evolução das Espécies ocorre gradualmente com o acúmulo de mudanças ao longo das gerações. Observaram que caso todos os organismos de uma população se reproduzissem com sucesso, essa população cresceria exponencialmente, porém, exceto flutuações sazonais, o tamanho da população tende a ser estável; que os recursos ambientais são limitados; que as características de indivíduos de mesma espécie podem ser bastante diversas e indivíduos de espécies diferentes podem possuir características semelhantes e que muitas variações encontradas em populações podem ser passadas por descendência.

Assim, Darwin observou que um número de descendentes maior que o ambiente pode suportar leva a uma luta pela sobrevivência, com poucos sobreviventes em cada geração. A probabilidade de sobrevivência depende da adaptação do individuo ao seu ambiente. Indivíduos com melhores adaptações provavelmente deixarão mais descendentes que aqueles menos aptos, com maiores chances de passar adiante aquelas características que o ajudaram a sobreviver. É a seleção natural. Essas variações surgem por meio de mutações aleatórias no DNA, que podem ter sucesso ou não dependendo do ambiente em que o organismo vive.

A seleção natural não almeja uma progressão para um mega-organismo super inteligente e mais complexo, ela leva o organismo ao sucesso ou a falha de acordo com o ambiente atual, uma mudança brusca num ecossistema, como a mudança no pH dum curso d’água ou aumento da temperatura pode levar toda uma população à extinção.

Um indivíduo numa população não cria simplesmente garras poderosas para se proteger, caçar ou escalar, pêlos que o protegem mais do frio ou nadadeiras super ágeis e “transmite” simplesmente essas características para as próximas gerações.

Dentro de uma população os indivíduos variam fisicamente, como os seres humanos, alguns são mais altos, mais baixos, gordos ou magros, com mais ou menos musculatura. Numa população selvagem, de lagartos, por exemplo, os indivíduos podem ter variações semelhantes. Assim sendo, se o solo é mais arenoso ou inclinado, com mais árvores ou tocas, certas características serão mais vantajosas, sendo provável que os indivíduos com essas características consigam alimento mais facilmente. Obtendo alimento, se tem mais energia para escapar de predadores e outras situações de risco, sendo assim um parceiro mais vistoso para o sexo oposto. Com a reprodução, alguns filhotes podem herdar essas características (ou não, como as crianças humanas que podem ter maiores semelhanças com os pais ou avós). Caso uma característica persista numa população e o grupo que a possua se separe do restante (como pelo surgimento de um curso d’água ou outra barreira física) é possível que ao longo das gerações a reprodução entre esses dois grupos se torne inviável, nascendo assim uma nova espécie.

sábado, 19 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Zero de gordura trans?

A gordura trans é um tipo de gordura que passa por um processo de hidrogenação, seja de forma natural, no organismo de animais, seja de forma artificial, encontrada em alimentos industrializados. Esse tipo de gordura é prejudicial ao nosso organismo, pois aumenta os níveis de LDL (colesterol ruim). O valor de ingestão diária deve ser o mínimo possível.

Nos alimentos de origem animal, os níveis de gordura trans são baixos, não causando preocupação para os que consomem moderadamente. Porém, nos alimentos industrializados, devemos sempre ficar atentos ao seu valor nutricional, mesmo que a embalagem indique que o alimento é livre de gordura trans. A ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária) permite que produtos com até 0,2g de gordura trans por porção indiquem na embalagem que o produto não contém a substância.

Mas, o valor de uma porção do alimento pode ser determinado arbitrariamente, por exemplo, um pacote de biscoitos da marca X (não mencionaremos aqui, mas você pode descobrir qual é) possui 165g do produto. Na embalagem está escrito com letras bem vistosas: “0% de gordura trans”. Isso significa que o produto tem até 0,2g por porção e não zero. Se você olhar a tabela nutricional do produto verá que uma porção equivale a 30g ou três unidades e meia.

Agora vamos fazer uma continha simples. Suponhamos que cada porção tenha 0,2g da gordura. Como cada porção tem 30g, o pacote inteiro tem cinco porções e meia (165 dividido por 30), sendo um total de 1,1g de gordura trans por pacote de biscoito (5,5 vezes 0,2g) o que é um valor alto para ser consumido em um dia. Portanto, fique esperto ao que a embalagem está dizendo, pois você pode se prejudicar sem saber!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sustentabilidade

É comum ouvirmos hoje em dia os meios de comunicação falando de Meio-Ambiente, as empresas usando rótulos de ecologicamente corretas, propagandas sobre desenvolvimento sustentável, sustentabilidade e outros palavrões. Mas o que diabos é desenvolvimento sustentável?

Durante séculos o homem possuiu um modo de desenvolvimento baseado na extração desenfreada dos recursos naturais, seja mineral, animal ou vegetal, sem se preocupar com o futuro.

A população humana cresceu exponencialmente e o planeta continuou do mesmo tamanho, ou pior ainda, seus recursos diminuíam cada vez mais. Assim, a preocupação acerca das conseqüências desse modo de vida começou a surgir em países que já haviam devastado suas riquezas.

Em 1972 aconteceu em Estocolmo, Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Lá foram discutidos pontos interessantes referentes à eterna batalha “Desenvolvimento Econômico x Meio Ambiente” com idéias políticas de Desenvolvimento Zero, coisa que não agradou nem um pouco os países em crescimento. O Brasil, país rico em recursos naturais, presidido por militares, ergueu uma faixa abrindo suas portas para a poluição e extração dos países ricos, alegando que se preocupariam com a preservação do meio ambiente depois de resolver os problemas sociais, não interessando os custos dessa atitude. Deste encontro nasceu uma Declaração com 26 princípios para “guiar os povos do mundo na preservação e melhoria do meio ambiente” e o PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com grande importância mundial.

Após esse encontro, muita coisa mudou, como a posição do Brasil nessa luta, tendo sediado em 1992 a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, a maior reunião de chefes de Estado da humanidade, já preocupada com o Desenvolvimento Sustentável e com a reversão do processo de degradação ambiental. Nesse Encontro surgiram a Agenda 21, Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e o Fundo para o Meio Ambiente. Falaremos deles em outras oportunidades.

O termo Desenvolvimento Sustentável passou por algumas mudanças, se estendendo ao meio social, propõe uma divisão justa das riquezas produzidas, acesso real à educação e saúde, igualdade entre sexos, religiões, etnias e outros grupos; e a utilização equilibrada e reduzida dos recursos naturais renováveis (como madeira) e não-renováveis (como o petróleo), garantindo o seu uso pelas próximas gerações, em termos práticos, busca qualidade de vida para a população, independente de status econômico e social.

Este texto foi gentilmente cedido por meu amigo Rodrigo Menezes, estudante do curso de Biologia da Universidade Católica de Brasilia. Valeu Snails!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O telescópio caseiro

Os três principais tipos de telescópio são: Refratores, Refletores e Catadióptricos. Vamos nos ater ao funcionamento e construção do telescópio refrator, pois pode ser facilmente confeccionado com material de baixo custo e seu funcionamento é bem simples.

Esse tipo de telescópio é constituído basicamente de duas lentes sobrepostas. Uma delas é chamada de objetiva, porque fica direcionada para o objeto a ser observado recebendo a luz proveniente dele. A outra é chamada ocular, pois é a que direciona esses raios de luz para os olhos do observador. O esquema mostrado abaixo é uma representação de como as lentes devem ser posicionadas no telescópio:
Observe que existe certa distancia entre a ocular e a objetiva, identificada no esquema pela letra D. Essa distancia depende do grau das lentes usadas e pode ser calculada através de uma fórmula simples: basta dividir um pelo grau de cada lente e depois somar os resultados! Por exemplo, se o grau da objetiva for 2 e o da ocular for 6, teremos umas distância de aproximadamente 67cm porque um dividido por dois é 0,5 (ou seja, meio metro) e um divido por 6 é aproximadamente 0,17 (ou seja, 17cm). Somando os resultados temos 0,67 metros, ou 67 centímetros.

Eu recomendaria uma lente objetiva de um grau e a ocular de seis, pois já fiz um telescópio desse tipo e ficou muito bom (levando em conta que é caseiro!). O suporte para as lentes pode ser confeccionado com tubos e reduções de PVC, ou com tubos de papelão. Calcule o tamanho da armação conforme explicado acima.

Para saber quantas vezes a imagem será aumentada, basta dividir o comprimento D pela distancia focal da ocular (que é de 0,17 no caso do exemplo citado). Esse tipo de telescópio também é chamado de Luneta, pois permite ver alguns detalhes na superfície da Lua, mas não vai muito além disso. Outra observação interessante á a dos satélites de Júpiter, vistos como pequenas estrelas, mas que marcou um ponto importante na história da humanidade a 400 anos atrás! Não conhece essa história? O Sapo Velho conta ela depois...